sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Andava numanuvem quando vi a mascara...


"Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para atrair o outro e logo decubro que só atraio a outros mascarados distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas."

Gilbert Brenson Lazan


Desculpa P, mas não resisti a mais um fantastico texto... Beijos enormes para a minha, sempre minha P.

1 comentário:

Anónimo disse...

A contradição da aparência... com e sem máscara...
A conclusão definitiva de que a distância à nossa imagem é a prova de que se perderam todos os valores... porque é na coragem de mostrar quem somos nós e de quem gostamos, independentemente de quem seja... com ou sem máscara..., que está a verdadeira dignidade...
E isso ainda existe?...
Adorei o texto.